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Como prevenir quedas em casa e proteger a mobilidade de idosos

  • Foto do escritor: Daniel Hidalgo
    Daniel Hidalgo
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Manter a autonomia e a segurança dentro de casa é fundamental para o envelhecimento saudável. Uma das principais causas de internação e perda de independência em pessoas idosas são as quedas, muitas vezes provocadas por pequenos descuidos no ambiente doméstico.

A boa notícia é que grande parte dessas quedas pode ser evitada com medidas simples de prevenção e pequenas adaptações no dia a dia.


Idosos felizes


Por que a queda é tão perigosa no idoso?

Com o avanço da idade, é natural que ocorram alterações no equilíbrio, na força muscular e na densidade óssea. Além disso, algumas doenças crônicas e o uso de certos medicamentos podem aumentar o risco de desequilíbrio e tonturas.

Uma queda aparentemente leve pode causar fraturas graves, exigindo internação, cirurgia e longos períodos de reabilitação. Além do impacto físico, há também o medo de cair novamente, que muitas vezes leva à redução da mobilidade e à perda de independência.



Como prevenir quedas em casa


Medidas simples podem fazer uma enorme diferença na segurança do ambiente doméstico:


  • Retire tapetes soltos espalhados pelo chão;

  • Instale barras de apoio nos banheiros, especialmente próximas ao vaso sanitário e ao chuveiro;

  • Use calçados firmes e fechados, evitando chinelos frouxos ou sandálias escorregadias;

  • Garanta boa iluminação em todos os cômodos, inclusive à noite;

  • Evite pisos molhados e superfícies escorregadias;

  • Mantenha os objetos de uso frequente em locais de fácil acesso, evitando a necessidade de subir em bancos ou escadas;

  • Pratique exercícios regularmente, para fortalecer músculos e melhorar o equilíbrio.

Essas mudanças têm um impacto direto na redução do risco de quedas e podem prevenir fraturas potencialmente graves.



Fraturas mais comuns em idosos após quedas


As fraturas mais frequentes nesse grupo de pacientes incluem:


  1. Fratura do quadril (fêmur proximal - fratura do colo do fêmur ou transtrocanteriana): Costuma ocorrer após uma queda da própria altura, com dor intensa e incapacidade de apoiar o membro. O tratamento é geralmente cirúrgico, com colocação de pinos, parafusos ou prótese de quadril, seguido de fisioterapia para recuperação das funções.


  2. Fratura do punho (distal do rádio): Ocorre quando o idoso tenta apoiar a mão para evitar a queda. O tratamento pode ser não operatório (com imobilização) ou cirúrgico, dependendo da gravidade.


  3. Fraturas de vértebras da coluna: Podem acontecer mesmo após traumas leves, especialmente em quem tem osteopenia ou osteoporose. O tratamento varia conforme a gravidade, podendo incluir imobilização, fisioterapia e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos, como a vertebroplastia ou cifoplastia.


  4. Fraturas do úmero proximal (ombro): Frequentemente associadas à dor e limitação de movimento do braço. O tratamento não operatório pode ser considerado em casos estáveis. Contudo, casos mais graves, em que os fragmentos da fratura se deslocam, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.


As mulheres são mais suscetíveis às fraturas na terceira idade, principalmente devido às alterações hormonais que ocorrem na menopausa. A redução dos níveis de estrogênio (hormônio feminino) acelera a redução de massa óssea e favorece o desenvolvimento da osteopenia e osteoporose, tornando os ossos mais frágeis e propensos a fraturas mesmo em quedas consideradas leves.


idoso com andador


Prevenir é o melhor negócio


Promover a saúde na terceira idade vai muito além de tratar doenças. Significa atuar na prevenção, orientando adaptações ao ambiente e estimulando hábitos que mantenham o idoso ativo e seguro.

As fraturas decorrentes de quedas podem levar à perda da independência funcional, dificultando o retorno às atividades do dia a dia e impactando profundamente a qualidade de vida. Em casos mais graves, a falta de mobilização e de função adequadas pode inclusive aumentar o risco de complicações clínicas e de mortalidade.

Por isso, investir em prevenção é sempre o melhor caminho. Pequenas mudanças no cotidiano podem evitar grandes complicações e preservar a saúde.



Avaliação e acompanhamento médico


Se você ou um familiar tem histórico de quedas, desequilíbrio ou osteoporose, é importante realizar uma avaliação ortopédica individualizada. Através dela, é possível identificar fatores de risco, orientar exercícios seguros e, quando necessário, iniciar o tratamento para fortalecimento e saúde óssea.



 
 
 

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Dr. Daniel Hidalgo Gonçalez

CRM-SP 137.057 | RQE 41.112

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