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Doença de Osgood-Schlatter

A doença de Osgood-Schlatter, também conhecida como doença de Lannelongue, é uma causa de dor no joelho de pacientes com esqueleto imaturo. Trata-se de uma apofisite, ou seja, um processo inflamatório da região inferior do ligamento patelar, no ponto de inserção dele na tíbia. Foi descrita pela primeira vez em 1903 por dois autores, que dão nome à condição: Robert Bayley Osgood e Carl B. Schlatter.

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A doença é causada em decorrência da tração repetitiva do ligamento patelar no polo inferior da patela, que ainda é parcialmente cartilaginoso em crianças e adolescentes com o esqueleto imaturo. É a osteocondrite mais comum dos membros inferiores em crianças e adolescentes praticantes de esportes.

O aparecimento da doença de Osgood-Schlatter coincide com o desenvolvimento do centro de ossificação secundário da tuberosidade anterior da tíbia, que geralmente ocorre por volta dos 9 anos nas meninas e dos 11 anos nos meninos. Os sintomas costumam surgir entre 9 e 12 anos nas meninas e 12 e 15 anos nos meninos.

O que o paciente sente?

O principal sintoma da doença de Osgood-Schlatter é a dor na parte da frente do joelho, de intensidade variável e que aumenta quando o local é pressionado. Posições como ficar ajoelhado ou com o joelho dobrado podem piorar a dor. Além disso, inchaço no ponto de inserção do ligamento patelar na tíbia e sensibilidade no local podem ser encontrados. Os sintomas podem se manifestar ou piorar com a prática esportiva.

Como o diagnóstico é feito?

O diagnóstico da doença de Osgood-Schlatter é realizado, primeiramente, através de uma boa conversa entre o médico, o paciente e os pais. Assim, é possível saber as caraterísticas relacionadas ao incômodo.

Um exame físico minucioso é muito importante também, já que há outros problemas que podem ocasionar uma dor semelhante, contudo, em locais um pouco diferentes, como:

  • Tendinite distal do quadríceps;

  • Bursite pré-patelar;

  • Condromalácia da patela;

  • Fratura da patela;

  • Fratura da tuberosidade anterior da tíbia;

  • Síndrome de Sinding-Larsen-Johansson (saiba mais);

  • Bursite infrapatelar superficial e profunda;

  • Tendinite patelar;

  • Hoffite.

Alguns exames de imagem podem ajudar quando há suspeita da doença. São eles:

  • Radiografias do joelho;

  • Ultrassonografia;

  • Ressonância nuclear magnética.

Tratamento

Na maior parte das vezes, a doença de Osgood-Schlatter é tratada de forma não operatória. Nos períodos de inflamação, quando o paciente queixa-se de dor mais intensa, pode ser recomendado um repouso parcial, com diminuição temporária da prática esportiva e dos esforços. Além disso, medicações analgésicas e anti-inflamatórias podem ser receitadas, tais como dipirona, paracetamol, ibuprofeno, entre outros. Vale lembrar que qualquer medicação utilizada deve ser recomendada por um profissional capacitado.

Como o problema tem relação direta com esforço de repetição, é comum encaminharmos os pacientes à fisioterapia, para que a dor melhore mais rapidamente e o paciente inicie de forma precoce um trabalho de reequilíbrio muscular.

Normalmente, os pacientes evoluem com uma melhora significativa da dor após o tratamento e após o amadurecimento do esqueleto.

O tratamento cirúrgico da doença de Osgood-Schlatter é raro e, normalmente, fica reservado a pacientes adultos que acabam ficando com uma calcificação junto ao ponto de inserção do ligamento patelar na tíbia, que pode ser causadora de tendinites de repetição e tendinopatia.

Fortalecimento de músculos específicos de acordo com o gesto esportivo dos pacientes que praticam atividades em altas intensidades é importante para tentar diminuir a sobrecarga na região e prevenir o surgimento tanto da doença de Osgood-Schlatter como de outros problemas causadores de dor na região da frente do joelho.

Saiba mais

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